Olá querid@s, como vão?
Em uma de nossas aulas divertidas e responsáveis de sociologia falamos sobre Desigualdade Social, muitos comentaram fatos da vida ou de alguma coisa que viram nos veículos de comunicação de massa em relação ao tema. Foi um assunto incrível, deu pano pra manga....muito polêmico, complexo, rico e de fácil compreensão, afinal, quem no nosso país não sabe o que é desequilíbrio financeiro, desvio de dinheiro na “cueca” por políticos, má distribuição de renda, dentre outros? Quem nunca nesse país não sonhou em participar do programa Topa Tudo Por Dinheiro ou ganhar milhões na loteria? Rsrsrsrsr....
Bom, vamos ao que interessa! Ao final da Unidade, resolvi pedir um trabalho de conclusão que relacionasse o trabalhado em sala de aula (música, documentário, conceitos e discussões inflamadas) e a vivência do cotidiano pelos alunos. Eu, em minha pequenez tamanha, pensava que seria mais um daqueles trabalhos Ctrl C + Ctrl V = Cópia. Para felicidade de um professor de sociologia que mais parece aprendiz – alias, nessa dialética da vida a troca é uma constante, embaraço-me entre saber, conhecer, aprender e ensinar com meus ora alunos ora professores da vida – a maioria esmagadora(para não dizer todos) dos trabalhos foram de total autoria dos alunos, e mais, belos e surpreendentes trabalhos, apareceram versos, poesias, dissertações, resumos e muito mais.
Assim, resolvi postar um dos trabalhos para deixá-los com um gostinho dessas obras invisíveis, solitárias e criativas dos alunos. Digo que não foi fácil escolher apenas um, mas espero representar bem todos os demais por meio desse, que em especial, mexeu muito com minhas estruturas emocionais e conceituais. Segue abaixo a Obra prima da Aluna Ercília Stanciany da Silva Mozer do 1º EJA A.
FOME NO LIXO
A fome amiga constante na vida do pobre
A todo instante, vem sempre desprevenida,
Mas destrói qualquer família.
Pobreza, desigualdade andam juntas na sociedade,
De mãos dadas sempre unidas,
Detonando muitas vidas.
A luta é a corrida dos mais fracos pela vida,
O que importa no momento
É encher a barriga.
O lixo é coisa fina dos pobres e a porcaria,
O que viam não era lixo
Somente mais bela comida.
A pobreza nos leva até mesmo a solidão,
Nos tornando muitas vezes
Indigentes neste mundão.
Os restos deste mundo, não interessam ao poder,
Mas ajudam muita gente
Que não tem o que comer.
Ercília Stanciany da Silva Mozer – Aluna da EJA - 1º ano A